ciências na escola

Sobre esta tradução

O livro Enseigner les sciences à l’école foi criado em 2002 para a escola francesa.
A obra compreende 7 módulos, destinados à educação infantil e às 4 primeiras séries do ensino fundamental, que ilustram progressões possíveis ao redor de um tema a um dado nível, dentro dos princípios do programa La main à la pâte. Quero esclarecer alguns critérios utilizados para adequar esta obra às necessidades
de nosso país:

1. Dentro de nossa posição de entusiastas e difusores do projeto “ABC na Educação Científica – A Mão na Massa”, optamos por produzir um texto que fosse o mais útil possível ao professor que emprega o método em sala de aula, fazendo pequenas adequações.

2. A versão não revista da tradução foi testada em salas de aula durante a preparação desta edição. Os professores brasileiros, em alguns casos, utilizaram procedimentos alternativos que enriqueceram a proposta original, sem invalidar a idéia desta. Em alguns casos, conseguimos aproveitar essas idéias, com o devido cuidado para não produzir recomendações contraditórias.

3. Os alunos brasileiros envolvidos nos testes fizeram registros em desenhos e textos. Neste caso procuramos também aproveitar esses registros juntamente com o dos franceses, colocando, quando possível, os dois. No caso de desenhos de crianças francesas, inserimos a tradução do escrito a mão próximo à figura.

4. No início de cada módulo há uma localização no programa oficial de Ciências da França, que reproduzimos, por ser interessante, como “Contexto programático”.

5. Procuramos traduzir as referências às classes no sistema francês por nomes no nosso sistema que equivalem às faixas etárias. Por outro lado, no Prefácio e na Introdução, mantivemos o termo não traduzido La main à la pâte referente ao projeto francês, diferenciando-o, assim, de A mão na massa, do projeto brasileiro.

6. Acrescentamos às referências de livros e fitas de vídeos didáticos e paradidáticos franceses títulos equivalentes nacionais. Muitas dessas referências nos foram fornecidas por professores que fizeram os testes em sala de aula.

Quero agradecer a todos que contribuíram com esta tarefa; a David Jasmin de quem partiu a idéia da “tropicalização” da tradução e que a tem discutido toda vez que necessário; aos colegas do INRP na França, que me ajudaram com informações preciosas; à equipe do CDCC/USP, que orientou os testes em sala de aula; e, principalmente, aos professores de São Carlos que voluntariamente os realizaram

 

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Os peixes são animais que possuem algumas características em comum com o ser humano. Será que dormir é uma delas?

 

O sono dos peixes

 

Curiosidade nº 1
Área:
Biologia Marinha
Online desde:
12/Outubro/2009

 

Os peixes não dormem, pelo menos não como os humanos o fazem, mas também descansam. Eles passam alternadamente do estado de vigília para um estado de repouso, permitindo-lhes assim efectuar o seu descanso. Contudo, eles fazem-no sempre de olhos abertos pois como não têm pálpebras não conseguem fechar os olhos. Peixes a piscar o olho? Nem pensar!

 

Durante o período de descanso, eles mantêm-se numa posição mais ou menos imóvel, nadando muito pouco. Os peixes mais pequenos costumam escolher locais mais abrigados para descansar e assim manterem-se protegidos dos predadores. Outros vão até ao fundo do rio, mar ou aquário onde vivem e fazem aí a sua "soneca".

 

O peixe palhaço, por exemplo, desenvolveu um relacionamento muito próximo com as anémonas por diversos motivos. Um deles é o facto de esta ser um local seguro para descansar, protegendo-o dos predadores. Peixes como o robalo e a perca descansam durante a noite perto ou por baixo de troncos. Alguns peixes de cardume, que durante o dia são bastante activos em grupo, separam-se durante a noite e procuram águas mais escuras para descansar.